Modulo I; II (1ª à 9ª aula)
2ª aula: O ANIMISMO UNIVERSAL DE EDWARD TYLOR
1 – Evolucionismo, corrente fundadora da Antropologia
2 – A Antropologia de Edward Tylor
2.1. – Conceitos de desenvolvimento
2.2. – A teoria animista
2.3. – Conceito de sobrevivência (survival)
2.3.1. – O caso do folclore
2.4. – Conceito de revivescência (revival)
1. Evolucionismo
A marca distinta do Evolucionismo cultural:
» Considerar como primitivos os sem escrita contemporâneos
» Reconstituir a humanidade pré-histórica através da etnografia exótica.
A etnografia exótica quebrava o silencio dos ossos…
A Antropologia ia mais longe do que a Arqueologia chegava às condições sociais e psicológicas da humanidade primitiva.
Selvagens contemporâneos «» primitivismo
- África, Américas…
Afecta o mundo desenvolvido.
Esquemas complexos de parentesco – aborigenes australianos – Sec XIX
RELIGIÃO: Evolucionistas contra a Igreja (degeneracionismo bíblico)
Mapa do Mundo bíblico com os povos descendentes dos três filhos de Noé.
Ao alargar-se à percepção do Mundo, os povos dos outros continentes também foram vistos de acordo com a interpretação bíblica.
- Descendentes de Noé NÃO acreditavam em Deus – DEGENERADOS.
O Evolucionismo cultural fundou a Antropologia porque:
- Rejeitou as explicações bíblicas
- Rejeitou as explicações racistas
Edward Tylor (1832 – 1917)
Estabelece o principio da unidade psíquica
Pai – fundador da Antropologia cultural
1º professor de Antropologia na Universidade de Oxford, a partir de 1886.
Obra Primitive Culture: 1871
Selvajaria e civilização: dicotomia?!
Selvajaria: A chave da civilização
Vitorianos (cristão) » Costela selvagem
Espiritismo – Alvo de Edward Tylor
2.1. Conceito de desenvolvimento
Imaculada conceição:
- a crença na gravidez por intervenção de agentes sobrenaturais era primitiva, mas o cristianismo submetera-a a vários desenvolvimentos.
James Frazer (best seller Antropologia)
1980 The Golden Bough
Desenvolvimento:
A historia religiosa da humanidade caracterizava-se pela permanência de ideias pre-historicas embora sujeitas a progressivas adaptações a novos contextos mais civilizados.
Essas adaptações, que podiam ser de natureza moral, filosóficas, estética, etc, eram desenvolvimentos de uma herança que não desaparecia.
2.2. Teoria animista
ANIMISMO
Para Tylor, todas as civilizações são animistas
Religião = crença em seres espirituais
“Onde estão as raízes, encontram-se os ramos”
ANIMA (Latim) – Alma
Tylor: visão intelectualista da religião
Alma – animação da natureza; espíritos independentes do corpo.
Positivista: Tylor não acredita em espíritos mas sabe que existe a crença.
2.3. Conceito de Sobrevivência
Halloween
Vampirismo
Sobrevivencia pardial (?)
Não é um desenvolvimento.
Ex: acreditar em crenças no demónio, relações carnais, pessoas possuídas, exorcismo, …
Relíquias católicas
2.3.1. O caso do folclore
Camponeses europeus do séc. XIX
» fieis representantes dos antepassados
» primitivos
» valiosos para os evolucionistas
» sobrevivência!
Para Tylor, as tradições camponesas da Europa não constituíam um sistema religioso vivo e harmonioso, mas sim uma tela fragmentada de reliquias pre-historicas mantidas apenas pelo peso da tradição – isto é, eram sobrevivências.
2.4. Revival (Conceito de Revivescência)
(…)
(A partir da Ficha Americana)
Segundo Tylor, os povos não passavam por uma etapa da sua evolução religiosa caracterizada pela crença na reencarnação das almas.
Em Primitive Culture, Tylor não considerava que o animismo tinha sido a religião do homem pré-histórico.
O Evolucionismo de Tylor não era degeneracionista.
A essência de todas as religiões não era a crença em seres espirituais.
Tylor considerava que a ideia de alma era o protótipo de todos os seres espirituais.
Os papas da Idade Média e a Inquisição foram responsáveis pela revivescência da crença nas bruxas.
A ideia cristã de alma imortal era um desenvolvimento histórico de uma ideia pre-historica.
Halloween – sobrevivência.
Uma ideia que permanecesse por peso da tradição era uma sobrevivência.
A antropologia de Tylor era intelectualista, reduzia os fenómenos religiosos e mágicos e associações de ideias erradas, descurando a sua dimensão sociológica, emocional e simbólica.
Comparava os conteúdos literais muito afastados no tempo e no espaço.
3ª aula: VIAJANTES, EXPLORADORES E MISSIONÁRIOS
Henry Callaway – missionário inglês na Zululândia
1870 The Religious System of the Amazulu
» O testemunho de Umpengula Mbanda, informador de Henry Callaway, é muito revelador do contexto colonial da época.
“Há Amatongo que são cobras”
Primeiro Homem: Umvelinqangi Unkulunkulu
Izinyanga (feiticeiros)
Itongo – singular de Amatongo
Ukwaba equivale a criar
Umvelinqangi surgiu imediatamente antes dos homens
“Unkulunkulu diz que os homens não morrem” / “Unkulunkulu diz que os homens tem que morrer” » falso testemunho (distorção)
Amatongo = mortos da sua tribo (Pretos)
Distinguir serpentes:
Imamba preta e imamba verde – INYANDEZULU (representam os chefes)
Ubelebe e Umzingandhlu (representam pessoas comuns)
Geralmente são os homens que tem marcas
Itongo não provoca um sentimento de medo nos homens
“Não tenham medo. Sou eu”
4ª aula - Franz Boas
(baseada na ficha)
Sacred Bundle – expressão que designa a Antropologia norte-americana
Boas – Judeu alemão que emigrou para os EUA e foi professor na universidade Columbia Uni em NY
Boas esteve na origem da corrente culturalista
Chamava os Kwakwaka’wakw de Kwakiutl
A expressão Volksgeist significa espirito de um povo.
Antropologia: baseado na observação de que os mesmos fenómenos étnicos ocorrem entre os povos mais diversos – na confrangedora monotonia das ideias fundamentais da Humanidade por todo o globo.
Edward Tylor: influenciado por Bastian.
As ideias mais trincadas, os costumes mais curiosos e complexos – o pressuposto de uma origem histórica comum entre elas fica excluído.
«Origem histórica comum» - Boas expõe ideias evolucionistas, e não o seu próprio pensamento.
Na cultura de qualquer tribo podem-se encontrar traços mais ou menos análogos aos dessa cultura numa grande diversidade de povos.
Quando encontramos traços análogos entre povos distantes, o pressuposto não e que existe uma fonte histórica comum, mas que surgiram de forma independente.
Franz Boas caracteriza uma antropologia com a qual discorda (!!!)
A investigação cientifica deve responder a pergunta: como é que elas se manifestam em culturas diferentes?
Estudos comparativos tentam explicar costumes e ideias de notável similaridade, encontrados em diferentes lugares.
O facto de muitos traços de cultura fundamentais serem universais leva a conclusão de que existe um único grande sistema. Todas as variações que ocorrem são apenas pormenores nessa grande e uniforme evolução.
Teoria que tem como base o pressuposto de que os mesmos fenómenos se devem as mesmas causas.
Metodo aplicado com frequência: compara as variações em que ocorrem os costumes e as crenças
Outro método: estudar pormenorizadamente os costumes, em simultâneo com a investigação da sua distribuição geográfica.
O método de começar com uma hipótese e infinitamente inferior aquele em que se faz derivar a historia real de determinados fenómenos.
A sua aplicação baseia-se numa pequena área geográfica bem definida
Embora defendesse os estudos de difusão cultural, boas criticava os usos exagerados da ideia de difusão.
Difusionismo: corrente antropológica importante, sobretudo na Alemanha na viragem do sec XX.
Ideia de difusão na corrente britânica: hiperdifusionismo ou heliocentrismo. 1920 – segundo a qual o Egipto tinha sido o polo irradiador de todas as culturas. Relacionava-se com as descobertas arqueológicas da altura.
Atraves da comparação de historias de desenvolvimento, podem ser encontrados princípios gerais.
Metodo mais seguro que o comparativo, porque em lugar de uma hipótese sobre o modo de desenvolvimento, a historia real constituiu a base das nossas deduções.
Funçao do método histórico em Antropologia: capacidade de descobrir os processos que em determinados casos levaram ao desenvolvimento de certos costumes.
Deve comparar os processos de crescimento, e podem ser descobertos através de estudos das culturas de pequenas áreas geográficas.
5ª aula: Kroeber
(baseada na ficha)
KROEBER: 1876 – 1960
Para Kroeber, se Mozard tivesse nascido em Africa, seria a mesma um genio, mas ninguém saberia da sua existência.
O que distingue uma sociedade de formigas de uma humana é que a de formigas se reproduz organicamente
Achava que o racismo do sul dos EUA era uma manifestação cultural
Achava que, ao estudar a cultura, o antropólogo devia deixar de lado o estudo do individuo enquanto tal
Estudar o ethos de uma cultura era o que havia de mais essencial
As normas de uma sociedade eram o que lhe interessava
O conceito de integração designava a tendência de uma cultura para se direccionar no mesmo sentido
A forma como o individuo grita de dor é determinada culturalmente
Procurou combater o racismo da sua altura
SUPERORGANICO – 1917
Experiencia, um bebe francês, nascido em frança, mas depois confiado a uma ama que não deixa ninguém tocar-lhe ou ve lo. Entrega-o a uma família chinesa
Resultado: nenhuma palavra de francês, chines puro.
A sua fala é totalmente dos seus companheiros
A sua língua não e hereditária
A linguagem humana é SOCIAL
Verifica-se na vida humana uma serie de expressões do tipo do grito dos animais: o grito e involuntário. Acçao reflexa.
Particulas moldadas pela moda, costume, pelo tipo de civilização a qual pertencemos.
Herodoto narra a historia de um farao egípcio que mandou criar alguns bebes isolados, tendo como companhia cabras. Primeiro grito: Bekos. O rei mandou pesquisar o nome, e verificou-se que no idioma Frigio significava pao. (frigio – língua original da humanidade)
6ª aula: Thomas Buckley
Fotografia, 1915, com o ultimo “Yahi Indian”, o Ishi. Foto com Paul Radin e Thomas Waterman
25-05-1916 Ishi morre de tuberculose
Kroeber culpa-se de ter estado ausente (“guilt for being away from California)
1914 Salvage Ethnographic california
Caso encerrado devido a morte de Ishi
15 anos de estudo na California
Handbook of the indians of california – 1915 obra completa, 1917 pedida para publicar, 1918 publicada.
Pesquisa de Kroeber: 1900-1914
Seminario de F.Boas em 1896
1897: começa a estudar antropologia
1898: Assistente na área de antropologia
Pesquisa para doutorado: Arapahoe Indians. Publicada em 1901
1903 pesquisa objectivos , materiais culturais e linguísticos
12 colaboradores
“the Little history” – morte de Ishi
White vigilantes: exterminam Ishis mil creek
1849 ate 1900 – 90% da pop india acaba.
Omissao da historia das tribos por parte de Kroeber. Lado sentimental
Esteve com Hearst ate 1908
Escravos 1880’s
Efeitos da invasão dos nativos californianos
YUROK indian
Kroeber não era indiferente ao sofrimento das tribos!
7ª aula – Ruth Benedict
Civilizaçao moderna: divisão factores externos incontroláveis – interacção complicada
Padroes diferentes – origens moralidade.
Integraçao de culturas - comportamento não so pelo factor de criação do homem
Cultura não e apenas a soma dos constituintes
Estudo da cultura viva: primordial
Mudança do estudo de uma cultura para varias: mudança no pensamento e no estudo antropológicos
Culturas mais simples esclarecem factos sociais
Escolha de três civilizações.
PUEBLO:
Cultura intacta, rotinas correspondentes ao passado, rituais mantidos, cidades indias
KIVA- camara subterrânea
Cerimonial Zuni – povo reverente
Interesses: vida cerimonial – rituais
Práticas zuñi – sobrenaturalmente poderosas
Oraçoes suaves e cerimoniosas
Grande propósito: chuva, transmite ideia de fatalidade
Dever: não sentir cólera (sinal de concentração; estado de espirito)
Deuses dançarinos: Kachinas. Chefes do sobrenatural, q vivem no fundo de um lago, a dançar.
Sacerdotes Kachina. Não dançam.
Mulheres: donas da casa e do que la está.
Elo social: clã matrilinear.
Irmao: mais importante que o marido.
Homens:
» termos económicos: fazem parte
» termos de grupo cerimonial, estranhos
tens o 1º teste desta disciplina?
ResponderEliminarEstes apontamentos foram feitos à base das fichas americanas, os testes propriamente ditos não tenho... não pude ficar com eles.
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