Os meus apontamentos: Matéria de 12º ano + 1º semestre de Antropologia e Antropologia Económica + Matéria de CPRI (História das Relações Internacionais; Território e Sociedades; Estudos de Segurança Internacional)
quinta-feira, 31 de maio de 2012
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La Geographie Culturelle, de Paul Claval
Geografia Cultural
Definição: A Geografia Cultural pode ser entendida como uma ramo da Geografia que
se debruça na distribuição espacial das manifestações culturais, tais como: religiões,
crenças, rituais, artes, formas de trabalho, enfim tudo que é resultado de uma criação ou
transformação do homem sobre a natureza ou das suas relações com o espaço.
A obra encontra-se dividida em 4 partes que agrupam um total de 14 capítulos.
Primeira Parte:
É consagrada à história e teoria da geografia cultural. Torna-se especialmente
interessante pois aborda a geografia cultural alemã do séc. XIX, muito fértil mas a
respeito da qual se dispõe pouca informação.
Segunda Parte:
Trata as relações entre a cultura e a vida social. Aqui Claval analisa aspectos
como o modo de transmissão de conhecimentos e das regras de conduta, o papel
mediador da cultura na relação do indivíduo com a sociedade e as articulações entre
cultura e poder.
Terceira Parte:
Esta terceira parte do livro aborda as relações entre a cultura, o meio e
a paisagem. Nas primeiras páginas analisam-se as atitudes do indivíduo face ao
espaço geográfico, cobrindo-se desde as relações relacionadas com os mecanismos
da orientação espacial aos princípios da territorialidade humana. O autor dá vários
contextos culturais (esquimós, comunidades rurais do Vietname, índios da América do
Norte, sociedade japonesa tradicional).
Ainda nesta terceira parte é focado o papel da tecnologia, vista como sinal ou
concretização das várias culturas, na relação dos grupos humanos com o ambiente, na
formação das paisagens e na organização do espaço.
Quarta Parte:
Considerada a mais atractiva, intitula-se “Uma geo-história das culturas”. Claval
apresenta uma interpretação teórica da evolução das civilizações (sistematizada num
esquema por ele intitulado de transição cultural). Detém-se em particular na análise
dos processos de modernização e ocidentalização. A obra termina com um capítulo
onde se afloram alguns dos grandes desafios culturais do nosso tempo, como o papel
dos media no contexto actual de crescente globalização, a pós-modernidade e a crise de
valores que lhe está associada, o renascimento dos nacionalismos ou o fundamentalismo
muçulmano.
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