Conteúdos essenciais:
Modo dramático
Aspectos simbólicos
Paralelismo entre o passado e as condições históricas dos anos 60: denúncia da violência e da opressão
Valores da liberdade e do patriotismo
CLASSIFICAÇÃO LITERÁRIA DA OBRA
Trata-se de um drama narrativo de carácter épico. Segue a linha de Brecht e mostra o mundo e o homem em constante transformação; mostra a preocupação com o homem e o seu destino, a luta contra a miséria e a alienação e a denúncia da ausência de moral; alerta para a necessidade de uma sociedade solidária que permita a verdadeira realização do homem.
De acordo com Brecht, Sttau Monteiro proporciona uma análise crítica da sociedade, mostrando a realidade, de modo a levar os espectadores a reagir criticamente e a tomar uma posição.
Técnicas do teatro épico (brechtiano) para criar a distanciação:
Cenário: o luar, a fogueira
A interacção de múltiplas linguagens: luz, som, música, projecção de diapositivos…
A representação das personagens…
A narração de acontecimentos ocorridos no passado…
O papel activo do espectador: reflectir para agir.
A peça propõe uma reflexão sobre a dialéctica da revolução e da contra-revolução.
AS INDICAÇÕES CÉNICAS (FUNÇÕES)
AS DIDASCÁLIAS (no interior do texto)
entrada ou saída de personagens em cena
posição das personagens em cena (de pé, sentado, de costas)
movimentação cénica
Iluminação (jogo luz / sombra)
guarda-roupa
decoração / mobiliário (adereços)
pausas e tipo de discurso
AS INDICAÇÕES CÉNICAS (FUNÇÕES)
AS NOTAS À MARGEM:
explicações do autor / indicações aos actores
caracterização do tom de voz das personagens
apresentação da dimensão interior das personagens (estado de espírito)
indicações sonoras ou ausência de som
sugestão do aspecto exterior das personagens
.......
O espaço cénico
Os jogos de sombra / luz e a posição das personagens em palco contribuem para a representação do espaço físico e social.
O espaço físico
Lisboa – o macroespaço:
A Baixa (onde se situa a Regência);
O Rato (onde fica a casa do General Gomes Freire de Andrade e Matilde de Melo);
O Campo de Sant’Ana (local das execuções);
A Serra de Santo António (da qual se avista S. Julião da Barra);
Outras referências: a zona do Tejo e a Sé.
Lisboa é o espaço onde se inicia a rebelião do povo contra a opressão.
espaço social
O povo oprimido
A nobreza e o rei (o regime absolutista)
Os governadores e sua ideologia
A aliança entre Portugal e Inglaterra
Os delatores
A Maçonaria
A injustiça e desigualdade sociais
A opressão e falta de liberdade
O PARALELISMO HISTÓRICO-SOCIAL (SÉCULO XX)
A moeda
A renúncia à esperança através da venda da própria alma
A “traição” do povo
A traição da Igreja (a corrupção do Principal Sousa as trinta moedas de Judas Escariote)
As cores:
VERMELHO: vida e morte; o sagrado
PRETO: luto opressivo
VERDE: esperança
A saia verde
EM VIDA: a esperança, a felicidade, o amor, a liberdade
NA MORTE: a alegria do reencontro, a tranquilidade
A fogueira:
PRESENTE: a tristeza, a escuridão, a repressão e o terror
FUTURO: a esperança, a liberdade ( Fénix Renascida)
O luar:
A NOITE: a morte, a opressão, a infelicidade
A LUZ: a vida, a liberdade, a felicidade
A LUA: a renovação (e crescimento)
“Felizmente há luar!”:
OPRESSORES: efeito dissuasor
Fogueira: purificadora da sociedade
OPRIMIDOS: efeito libertador (coragem e estímulo para a revolta contra a tirania)
Fogueira: alerta e luz que ilumina o caminho para a liberdade
...
O paralelismo histórico-metafórico:
O Século XIX = metáfora do Século XX
General Gomes Freire de Andrade e General Humberto Delgado
13
25
Sec. XIX / Séc. XX
Épocas de crise - violência do poder e ausência de liberdade.
Épocas em que aparecem manifestações reclamando o direito à justiça e à liberdade.
Épocas que anunciam o nascimento de novos tempos (liberalismo oitocentista e o 25 de Abril de 74)
A apologia dos valores: liberdade e patriotismo
•A «Apoteose trágica»:
O apelo à luta contra o regime opressivo (contra o fascismo)
Outros “hinos” à Resistência (canções revolucionárias…)
A Revolução de Abril
Os ideais: liberdade e patriotismo.
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